Violência Doméstica

Quando se fala em família, nota- se que muitas mulheres, costumam se sacrificar para ficar dentro de uma relação ruim por conta dos filhos, por conta principalmente, do que, essa mulher é encorajada a acreditar. Fato inclusive, imposto por  pessoas da própria família como mãe, irmãs que dizem coisas como ” ficar “. […] Oh, pensa nas crianças, imagina como será a sua vida, as dificuldades e os julgamentos que você irá enfrentar sozinha. Falas como essa, são muito comuns. Na verdade, são olhares vinculado à moral e, muitas vezes, ditam regras ou se opõem a decisão da mulher em por fim ao relacionamento. Como se observa, são apelos comoventes que coloca os filhos como divindade no meio da situação; sem nenhuma consciência individual sobre aquela mulher que sofre violência do marido ou companheiro. Mas, a sociedade ( pelo menos) boa parte dela, não quer enxergar que essa mulher também tem direito de fazer as suas escolhas. Neste caso, optar por viver de forma digna, sem ter que se submeter a sofrimentos desnecessários.

É importante ressaltar que conviver com violência não é normal. A mulher não tem que se acostumar com um casamento que não é bom. Se ela não se sente amada e respeitada como mulher, não tem que se acostumar com isso. Mais, ” não continue nesse tipo de relação pelos filhos. Assim como ” não continue também pelo pão e o teto”, porque nada disso, se torna alicerce de sustentação de uma família. Entenda que, se falta pressupostos para sustentar atitudes verdadeiras entre o casal, coisas como:  confiança, amor, ” calor humano ” que é tão importante na relação e “uma linguagem franca” que se faz necessário ( porque se não tem confiança) por exemplo, como essas pessoas vão conseguir manter qualquer vínculo fortalecido? Pior, e questões relacionadas à valores? O que sustenta uma relação é uma somatória de coisas que ganham sentido no dia a dia do casal. É preciso que as pessoas compartilhem de ideias, sonhos, objetivos em conum, compreende? Diante de situações como essa, que você percebe que há poucas coisas que unem esse casal, às vezes só o teto e os os filhos, não existe muito a ser feito. Hoje, a mulher tem que entender que ela, não tem que vestir a ” capa da mulher salvadora”, para tentar  salvar casamento. Não é tolerável, menos ainda, querer ” justificar violência em nome da família”. Não tem que se acostumar com o que machuca. Violência é violência e seu conceito não muda, a não ser de cenário para cenário.

Dizer ” não ” à violência é um direito da mulher. Esse “não” também é uma forma de amor, mas amor à ela, em especial aos limites que, tardiamente aprende estabelecer em relação ao outro, ao que é importante, coisaa como também a saúde mental e emocional de ambas as partes, que  são fatores que contam numa relação. O grande problema aqui, é que as pessoas ignoram isso. E ao ignorar, elas adoecem, às vezes, a família inteira, de modo, que todos se tratam com falta de respeito e consideração. Amor que machuca e maltrata, não pode ser entendido como ” amor”. Neste caso, é saudável, ter uma conversa franca (quando isso é possível ) e de maneira lúcida, cada pessoa procurar viver o que é melhor para ela, sem precisar ter que machucar ou faltar com respeito.

Marii Freire. Violência Doméstica

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Imagem: Autoral

Santarém, Pá 24 de junho de 2024

Publicado por VEM comigo!

⚖️ Bacharela em direito, Pós - graduada em Direito Penal e Processo Penal. 📚 Autora: MULHER Do ostracismo à luta pelos direitos nos dias atuais e O Amor Verdadeiro Contesta. Ambas as obras são lançadas em parceria com a Editora Viseu/ Brasil. . Palestrante