Recomeçar: como vítimas de relacionamentos abusivos constroem novos começos

Recomeçar, começar, fazer a vida ganhar sentido de novo. Diria que, em meio a um mundo revestido de incertezas, deixar para trás a ideia de vitimização é importante, para trabalhar mecanismos que projete toda mulher que é vítima de um amor doentio; de uma forma de se relacionar doentia, para novas oportunidades; uma vez que tudo isso, começa pelo despertar, principalmente, por descobrir que ela pode trabalhar a sua melhor  versão.

” O amor danoso, é o amor que também ensina se amar.”

Quando o efeito do amor é danoso, quando a sua maneira de tratar se torna desprezível aos olhos de suas próprias vítimas, o que se tem a fazer é reescrever a própria história, e encontrar dentro do que foi um acontecimento doloroso, o motivo maior para continuar. A vida é arte, e como arte, tudo vai depender de esforços que transforma a queda em oportunidades para superação. Sabemos que, quanto maior é seu impacto, maior tem que ser os soltos ornamentais. A ideia de superação reside no amor. Mas, amor que se tem por si mesmo.

Viver de novo ” o novo” , sentir que a sua autenticidade não tem limites e, saber que coragem, sempre começa pela naneira que se tem de olhar a vida de frente, é o que faz qualquer pessoa possa prosseguir. Mesmo com o sentimento que advém da dor, a mágoa reconhecendo alento na covardia, o amargo que traduz aquilo que sabemos: o insucesso. Começar novamente, é uma maneira que vencer, e ao mesmo tempo, não desistir de si mesma.

Só quem passou ou passa por grandes traumas, compreende como a dor de uma ruptura e as dilacerações que ficam no psicológico, assim como no plano mental, sabe como se acolher e oferecer um tratamento digno. Saber trabalhar em cima dessas questões, se conscientizando da própria capacidade, força e determinação, descobre que tem condições para trabalhar em causa própria. Mais, enfrentar a realidade como ela é, faz- nos evoluir. Tudo começa pela consciência e, pela necessidade de sair muitas vezes de um ambiente nocivo, onde essa mulher sofre agressões verbais e fica em prantos. Com o distanciamento, ela pratica a autopromoção.

A medida em que a mulher se torna gentil com ela mesma, passa enxerga quem é, como deseja ser tratada e o seu valor. Claro que, não se pode ignorar como fica a questão atrelado ao psicológico dessas vítimas. O que estou falando aqui, para muitas não faz sentido. E a resposta é simples, o psicológico dessas mulheres, ficam completamente comprometido por causa do sofrimento. Muitas precisam de ajuda de bons profissionais para voltar a confiarem nelas mesmas. Há situações em que o comprometimento da saúde mental e emocional são tão severos que demora muito a mulher reagir. Mas, não existe outra saída, senão o fato de se relacionarem melhor com suas emoções. E confrontar o que é necessário para deixarem aquele estado miserável e voltarem a ser mulheres que um dia foram: confiantes.

A mulher precisa compreender que, ela é a única pessoa capaz de fazer a diferença que  deseja na sua vida. Ela não pode esperar, como não pode delegar, não pode ficar presa a sofrimentos desnecessários. O amor próprio, a coragem e a determinação são fontes de inspiração para esse novo capítulo que você começa escrever. Eu vou deixar uma parte em branco, porque eu quero aplaudir a sua coragem. Vamos lá? Estou torcendo por você! Você pode…é capaz.

Boa sorte!

Marii Freire. Como vítimas de relacionamentos abusivos, constroem novos começos.

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Imagem: pinterest/Espaço recomeçar

Santarém, Pá 22 de maio de 2024

Publicado por VEM comigo!

⚖️ Bacharela em direito, Pós - graduada em Direito Penal e Processo Penal. 📚 Autora: MULHER Do ostracismo à luta pelos direitos nos dias atuais e O Amor Verdadeiro Contesta. Ambas as obras são lançadas em parceria com a Editora Viseu/ Brasil. . Palestrante