“Não podemos ser santos, cometendo atrocidades.”
Quando a gente observa um pouco de cada período histórico, vemos muito essa coisa contraditória expressa no desejo das pessoas. Na idade Média, isso era muito frequente. E hoje não, Marii? Eu diria que também. Afinal, herdamos um pouco dessa larga experiência do passado. Mas, na atualidade, nós estamos vivendo num estado de “efervescência”, onde todos tem mais liberdade, busca por saúde, beleza e satisfação pessoal. Porém, ainda continuamos reféns de nossas próprias escolhas. A tendência agora é ” sugerir “, é como dizer : ” Faça isso”, que você atingirá ” a condição essencial ” para alcançar algo. A vida contemporânea não é fácil, ela vive os dissabores de suas descobertas. E enquanto vamos nos aperfeiçoando nessa experiência densa e conflituosa; ao longo dessa construção, também se mata com muita frequência ( como agora, nesse momento), em que estou falando e crimes acontem por aí. Assim como, rituais de beleza, simpatia para ter felicidade no amor, ou gente com má intenção, fazendo uso do desejo próprio para atingir grupos especiais. Você compreende o que estou dizendo? As facilidades que nos são ” vendidas” também são armadilhas que contribuem para as nossas angústias. Certeza mesmo, só temos uma que é ” a limitação do tempo “, o nosso Código de Ética é falho. As pessoas amam e desamam com facilidade; muitas ao longo dos séculos, tentam castar ou restringir o direito da liberdade do outro, matam em nome de Deus e da Ciência com facilidade, e por fim, justificam as suas ações como um ” exercício ” pleno para o crescimento e paz e harmonia da humanidade. Porém, continuo afirmando: ” não podemos ser santos cometendo atrocidades. “
Marii Freire. Não podemos ser santos cometendo atrocidades.
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Santarém, Pá 10 de março de 2024
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