Reflita!…
” Soluços, lágrimas, olhos no chão “. Sensação de impotência “. É assim que a mulher que é vítima de violência, seja na ordem psicológica, sexual ou física se sente.
Veja, como alguém que admite passar por tudo isso é “simpatizante de Bolsonaro?” Um sujeito que incentiva a violência contra a mulher, pela forma grosseira de agir, falar, entre outras coisas. Não só, ele é exemplo de pessoa que faz com que curiosamente, se mire o retrocesso, ao invés da garantia do próprio direito. Há tempos atrás, Bolsonaro declarou publicamente frases grotescas que fere o direito de todas nós. Eu não vou repetir, até porque quem tem memória nesse país, lembra o quão bizarro é o abismo cometido por nosso presidente em relação a questão da violência contra mulher. Isso, sem falar em outras formas de restringir esse direito.
A maneira de como Bolsonaro fala, não demostrar respeito por nós mulheres, pelo contrário, ele se torna muito mais uma figura atrativa porque incentiva essa violência, que sabemos que é resquício do passado, do que encara por exemplo, uma postura que demonstre preocupação em combater tal violência. Infelizmente, é preciso dizer que as barreiras culturais, estas são piores do que aquilo que deixa desejar a própria lei.
A gente só vai deixar de ‘achar graça’ nessas coisas, quando compreender que a dor do outro, não é bonito, ou não tem nada de engraçado.
[…]
O silêncio que muitas mulheres fazem, é tão ruidoso quando quem abre a boca justamente para agredir, desdenhar, usar predicados preconceituosos, e tudo mais. Um gesto de desdém, é algo que repetitas vezes, cala a mulher. Isso também é violência – porque causa danos psicológicos.
Voltemos ao início desse texto: Reflita!..não é inaceitável? Pois bem, conveniência nossa achar que quem demonstra apreço pelo que machuca, é o mesmo que corresponde as nossas necessidades.
Marii Freire Pereira
https://pensamentos.me/ VEM comigo!
Imagem: CNJ/ via Facebook
Santarém, Pá 4 de abril de 2021
Oi querida… desisti de entender essas mulheres… sério, não entra na minha cabeça.É tão óbvio o absurdo da situação que não dá para esbanjar energia com certas pessoas… Gratidão por tão importante reflexão ❤️
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Realmente é triste!..
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Sim, demais…
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Republicou isso em Ned Hamson's Second Line View of the News.
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Não entendo esta incoerência. Uma vez mais, você soube tocar na ferida. Bravo Marii!
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Felipa, eu particularmente compartilho uma experiência com você. Quando se fala em violência existe uma resistência da própria mulher em não querer entender esse problema. Não é só do homem que se mostra contrário ao fato de você tentar despertar outras mulheres para o que elas têm direito. Em parte, o problema ocorre com elas também. Todavia, é preciso continuar ficar fazendo ali, um trabalho pequenininho, até despertar a mulher para essa realidade. Não é que ela não conheça, Mas é que vejo uma certa timidez dessa mulher em relação ao problema. Ela vai ” acreditando ” de maneira duvidosa. Agora, existem aquelas que enfrenta mesmo toda essa situação de cabeça erguida.
Um colega me disse: Marii, as que lutam contra a violência morrem. Então, respondi, é uma situação difícil. Mas, morre também a mulher que deixa de lutar. Infelizmente!…
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Marii, obrigada por partilhar a sua experiência de forma clara e concisa. Eu pensei igual. Há muitas mulheres que são cúmplices da sua própria violência. Arranjam desculpas para o comportamento do homem. É verdade que muitas têm medo de denunciar o carrasco, mas tantas já estão mortas mesmo antes de morrer. Há uns dias vi o filme biográfico da Tina Turner e pensei: como é possível aguentar tanto? Temos que mudar o “socialmente” aceite. É difícil porque são séculos de machismo. Mas de nada serve assumir o papel de vítima. As mulheres têm vontade e voz próprias!
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Parabéns!!!!
Concordo Filipa🍀
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A única explicação que vejo para essas mulheres é o peso da religião. É a forma como sentem Deus, e por isso, por tudo se conforma.
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É complicado expressar simpatia por quem incentiva violência. Mas, também não posso condená-las por nada, porque são vítimas de muita coisa, dentre elas, na maioria são desconhecedoras de seus próprios direitos. Mas, a questão da religião que você cita, essa é muito forte, sem dúvida.
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