Maria da Penha

” Nem culpa, nem medo”. A mulher precisa ter coragem para denunciar a violência.

Marii Freire.

Essa é uma mulher que admiro pela força, pela luta, por ser essa militante de causa própria, exemplo para rodadas mulheres vítimas da violência doméstica.

Maria ter uma história de vida complexa. É uma vítima que sobreviveu aos maus tratos, as tentativas de homicídios para contar história. A sua história.

Hoje, 31 de março, finalizando, esse mês que foi alusivo as mulheres, porque se falou a respeito de respeito de conquistas femininas, a luta contra a violência, e os não podendo esquecer que muito se tem pela frente para avançar nessa luta que é diária.

A história de Maria começou em 1974, quando ela fazia Mestrado em farmácia. Marco Antonio, um colombiano que era um homem muito ‘bem visto’ por todos. Os dois acabaram se envolvendo e se Casaram. Tiveram duas filhas. E a história de sofrimento de Maria, acontece com o nascimento da segunda filha. Maria percebeu que Marco havia mudado bastante . Ela não entendo o porquê daquela mudança tentou resgatar aquele homem ‘ simpático ‘ por quem tinha se apaixonado.

Segundo Maria, ela teria vivido momentos angustiantes com esse homem. Um belo dia, 29 de maio de 1993, ela acordou às seis da manhã com um tiro nas costas. Ele para se eximir da culpa, justificou o fato dizendo que havia assaltantes dentro de casa, e o disparo teria vindo a partir desse fato. Ela passou quatro meses na cama de um hospital, e ao voltar para casa, ficou vivendo sob cárcere privado. Quinze dias depois, ela sofre nova tentativa de homicídio. Dessa vez, o marido queria matá-la com um chuveiro elétrico, porém, não conseguiu.

A ajuda para Maria da Penha sair desse episódio nebuloso, veio da família da mesma. Eles conseguiram fazer com que ela saísse sem perder a guarda das filhas. Isso, foi muito significativo para ela porque se permanecesse naquele ambiente familiar hostil, certamente teria sido mais uma vítima da violência em dados estatísticos tendo como resultado: morte. Mas, Maria conseguiu sair é ser esse exemplo a todas as mulheres que são vítimas de violência.

Em 1991, ocorreu o primeiro julgamento do ex-marido, ou seja, 13 anos depois. Ele apesar de ter sido condenado, saiu livre do Fórum por falta de recurso. Aquilo para Maria foi um momento de completa impotência, porque ela é o resultado da própria violência. Em 2002, esse homem passa por novo julgamento por causa de pressões internacionais, devido a repercussão que teve toda a sua história. A briga dela passa ser com a Justiça, uma vez e constatou-se que o Brasil, não estava dando a devida atenção que os casos de violência como deveria acontecer. Anos mais tarde, esse homem acabou sendo julgado novamente e foi condenado. Passou pouco tempo na prisão e a história da Maria virou um livro Que todos os dias, ela escreve uma página, não é, Maria? Além da própria Lei n° 11.340/2006 ( Maria da Penha), receber o seu nome em 6 de agosto de 2006.

A história dessa mulher é uma coisa fantástica, porque faz com que a mulher olhe para dentro da sua vivência, do seu lar e não se cale. O exemplo da Maria e a Lei que leva p seu nome, tem essa característica, essa força de fazer com que a mulher, esteja passando por situações de violência, possa ser amparada.

Bravo Maria!!!!

Marii Freire Pereira

https://pensamentos.me/ VEM comigo!

Imagem: TEDFORTALEZA/Vídeo

Santarém, Pá 29 de março de 2021

Publicado por VEM comigo!

Bacharela em direito, Pós- graduada em Direito Penal e Processo Penal.

9 comentários em “Maria da Penha

    1. Essa sua observação é muito importante Ananda. É preciso haver uma maior conscientização das pessoas, da sociedade em geral. O próprio Brasil levar essa questão mais a sério, porque enquanto ele não fizer isso corretamente, irá receber pressão de órgãos internacionais sobre o modo de se esquivar de suas responsabilidades. A Maria da Penha é prova disso.

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