O homem nasce com o seu destino social mas ou menos traçado.
Uns cavalheiros,
Uns modestos vendedores de doces.
Numa sociedade tão rígida
Brancos, costumas falar de literatura
Ter ar de superioridade.
Os descendentes de negros e índios
Não são reconhecidos por suas necessidades,
Mas por lutar por elas.
Difícil olhar a vida com esse traço indeciso
Com esse desamor,
Ascensão? sustenta a casa, a camisa de linho puro, o luxo que desde cedo, vem de berço.
Espalha simpatia e produz respeito.
Quanto mais famoso, mais amado torno- me!
Quantos médicos,
Quantos advogados,
Engenheiros, são figuras ilustres?
Os descendentes de escravos
Têm na sorte a alforria que lhes fez herança da total da solidão.
Separados do prazer,
Refugiados da própria angústias.
Quem sou? O flagrante das ruas,
Um copo de uísque,
O mal cheiroso,
A senhora rica,
EU SOU CASA DE GENTE COMUM!
Do nascimento ao amadurecimento,
Eu sou a criança que sustenta o lar
Eu, a lábia erudita do final da tarde,
O vazio patético,
A criança que sonha …sonhos…incompletos!
As histórias são todas catastróficas.
Em seus escritórios,
Alguns ensanguentados…
Outros sem tempo de viver!
A sorte de cada um se vê nascer no caminho , cuja a madrinha é a própria sorte.
Marii Freire Pereira
Imagem: Pinterest. PEOPLE- PLACES- THINGS ETC
Santarém, Pá 22 de Julho de 2020
Excelente texto, gostei muito! Parabéns 👏👏👏👏
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Obrigada!!!👏👏👏
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👏👏👏👏👌👌👌💪😊
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